segunda-feira, 14 de setembro de 2009

No hay banda

Pergunto a Jorge Manuel e ele me vem com aqueles olhos... Sabe aquele fugir de olhos quase como um nervosinho inocente? Quando se pergunta algo e o inquirido responde querendo mais convencer-se da verdade que propriamente fazer com que creia.
Falo de algo meio “o poeta é um fingidor, finge tão completamente...” Enfim, pior é quando se quer ouvir algo e o outro lhe responde de modo ensaiado como que seguindo os passos de uma coreografia vista pela primeira vez. É a dança da diplomacia falida dos casais que já encontraram o equivoco e continuam querendo manter as amarras saudosas de outro dia.
Verdade mesmo é que as nossas verdades quando descobrimos que se distanciam em demasia das verdades de nossos amores, causam verdadeiras desilusões que “dança eu, dança você” nesse jogo do não saber que se sabia tão errado assim. Meu pai sempre me dizia “coração dos outros é terra que ninguém passeia”, verdade sem fim tinham tais palavras que se encaixam nas vezes em que meu coração calou amores, abafou dissabores, esconde no fundo de mim tudo que nem eu sou capaz de saber.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tornei-me um ébrio


Em resposta lhe viro a cara, simplesmente por não querer mais argumentar sobre fatos consumados, sobre pontos de vista de verdades supremas descabidas. Na esquina há sempre um bar que alivia os nervos do exaurido sequioso de afeto etílico... Eita alento mágico! Ah de sustentar minhas lamúrias e findá-las na preocupação com o estômago do dia seguinte, a dor de cabeça e a sede maldita. Malditaaaaaaaaa! A vontade me deixa à-vontade para o deletério das doses a mais. Não que essa seja a solução, está longe, nem mesmo é uma rima como o Raimundo de Drummond, mas contanto que seja um anestésico, meu pequeno sortilégio, fuga que mergulha no êxtase das noites a esmo.